sábado, 6 de novembro de 2010

Programação do curso: novas atualizações

Pessoal,
Conforme combinamos estou postando as alterações realizadas na programação do nosso curso. Só faltam três aulas para o encerramento. Vamos participar dos plantões para finalizarmos os trabalhos.
Maurilane.

Novembro



Dia 10 - (Aula 13) - Unidade III – Educação e as Novas Tecnologias.

Temas: Função social da escola e sua relação com as novas mídias e tecnologias; Qual o papel do professor frente às novas tecnologias; Educação e televisão; Metodologia e processos de aprendizagem.

BOHADANA, Estrella & VALLE, Lílian do. O quem da educação à distância. Revista Brasileira de Educação. 2009, vol.14, n.42, pp. 551-564. (www.scielo.br)
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Mídia, máquinas de imagens e práticas pedagógicas. Revista Brasileira de Educação. 2007, vol.12, n.35, pp. 290-299. (www.scielo.br)
MONTEIRO, ANA MARIA FERREIRA DA COSTA. Professores: entre saberes e práticas. Educação e Sociedade. 2001, v. 22, n. 74, pp. 121-142. (www.scielo.br)
BARRETO, Raquel G. Tecnologias na formação de professores: o discurso do MEC. Educação e pesquisa, vol. 29, nr. 2, p. 271-286, jul. dez. 2003. (www.scielo.br)

Atividade - Discussão dos textos

1) Idéias interessantes retiradas dos textos (trabalho individual 11);
2) Trabalho em grupo (socialização das sistematizações individuais e produção coletiva) (trabalho coletivo 7)
3) Apresentação dos resultados dos grupos – palavra aberta e debate.

Dia 17 (Aula 15) – Elaboração de Propostas de Ação.

Orientação inidividual e coletiva. (Trabalho coletivo 8)

Dia 24 - Não haverá aulas - XVI Jornadas Argentinas de Historia de la Educación “A 200 años de la Emancipación Política: Balances y Perspectivas de la Historia de la Educación Argentina y Latinoamericana”

Dezembro

Dia 01 (Aula 16) - Apresentação das Propostas de Ação

Atividade - Seminários dos Alunos

Avaliação e encerramento do curso

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Plantão: vamos aproveitar este horário?

Pessoal,

Vamos aproveitar os horários dos plantões. Estou na Faculdade às segundas feiras - 17h às 19h, nas quartas-feiras de 17h às 19h e nas quintas-feiras de 18h às 20h.  Estou sempre no Bloco A, 2o. Andar, Sala 219. Se quiserem podem agendar pelo email - maurilane@hotmail.com.

Um bom feriado.

Atividade de análise de site

Pessoal,

conforme combinamos, vocês devem escolher um dos sites listados abaixo e fazer um análise do mesmo seguindo o roteiro.

a) http://www.eadunicid.com.br/

b) http://www.umpostalparaumamigo.blogspot.com.br/

c) http://www.crmariocovas.sp.gov.br/

d) http://www.educarparamudar.com.br/

e) http://www.museudapessoa.net/

f) http://www.angela.lago.com.br/

g) http://www.aconteceporaqui.portalgens.com.br/

h) http://fazervaleralei.blogspot.com/

i) http://www.edicoestoro.net/

j) http://www.ipeafro.org.br/home/linha-do-tempo

Roteiro de análise dos sites

1) Caracterização geral do site:
a) Que instituição ou empresa é responsável pelo site?
b) Do que se trata o site?
c) O que ele oferece? (produtos, serviços, entretenimento)

2) Design
a) O design é atrativo? E eficiente?
b) As técnicas utilizadas com a finalidade de dar foco aos conteúdos figuram de forma equilibrada e harmoniosa?
c) O design é coerente com a identidade, objetivos e missão que a empresa e ou instituição quer demonstrar?

3) Conteúdo
a) Quão relevante é o conteúdo do site?
b) Como você avalia a forma como o conteúdo é disponibilizado?
c) Ele é completo e suficiente para que possa repassar toda a informação necessária?

4) Funcionalidade
a) O website está compatível com os objetivos para os quais foram definidos?

5) Navegabilidade
a) A navegação do site é simples e intuitiva para o usuário?

6) Velocidade
a) Quanto tempo leva para o carregamento do site em diferentes velocidades e tipos de conexão?

7) Usabilidade
a) O site analisado é fácil de usar?

8) Acessibilidade
a) O website é acessível, especialmente para o perfil do seu público alvo? É importante destacar que acessibilidade é a capacidade de acesso por pessoas com diferentes condições físicas, de cognição ou mesmo com utilização de diferentes tecnologias e dispositivos. Por isso, é fundamental analisar o perfil do seu público alvo, o que esse público precisa para garantir o acesso e monitorar se essas necessidades estão contempladas no site analisado.

Educação dirigida pelas próprias crianças

Aqui está o link para a palestra de Sugata Mitra, pesquisador educacional indiano que sugere ser a educação possível desde que haja interesse, podendo ser inclusive um processo autodidata, desde que compartilhado coletivamente.

Para nossa sorte, já há legenda disponível em português brasileiro.

Vejam, se impressionem e comentem.

http://www.ted.com/talks/sugata_mitra_the_child_driven_education.html?utm_source=newsletter_weekly_2010-09-14&utm_campaign=newsletter_weekly&utm_medium=email

Acabei também encontrando outra fala de Dr. Mitra. Realizada em 2007, tem um tom mais acadêmico e mais sistemático também, com legenda em português disponível.

http://www.ted.com/talks/sugata_mitra_shows_how_kids_teach_themselves.html

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Educação versus violência

Educação versus violência

Especialistas apontam importância da educação no combate à violência
Publicado em 27/04/2007 - 05:01
Uma análise sócio-econômica do País nas últimas três décadas deixa evidente que a sociedade brasileira mudou de cara. Caiu a ditadura, a população foi às urnas, instituiu-se um regime democrático, cresceu a participação das mulheres no mercado de trabalho, de jovens nas universidades, a presença do Brasil  no cenário internacional tornou-se mais concreta. Isso tudo veio acompanhado de problemas que já existiam, mas que ficaram exacerbados: o crescimento das desigualdades sociais, de uma abissal divisão de renda, do fortalecimento do crime organizado, da criação de uma legião de excluídos sociais nas principais cidades brasileiras. O resultado é que a violência aumentou em nossa sociedade e as estatísticas crescentes de furtos, homicídios, sequestros e outros crimes mais ou menos hediondos, envolvendo indivíduos de todas as classes sociais, estão aí para comprovar.
Fica a questão: a educação pode ser remédio contra a escalada da violência e da criminalidade? A resposta dos especialistas entrevistados pelo Universia é clara. Sim, é possível, desde que haja uma transformação na linha pedagógica e no próprio processo de ensino, e que a própria educação seja utilizada não apenas como uma forma unilateral de se transmitir conhecimento, mas de formar cidadãos. Conforme os entrevistados, dar às crianças e jovens acesso contínuo à educação é um dos fatores que diminuem as estatísticas de criminalidade e reduzem a incidência (ou reincidência) de casos de violência de qualquer espécie.
Mas frisam também que ela, sozinha, não pode resolver todos os problemas. "A educação é fundamental na melhora da qualidade de vida de um indivíduo, mas não pode ser considerada um elemento redentor. Existe uma percepção errada em nossa sociedade de que, quando todo o resto falha, a escola tem de resolver. A maioria dos casos de violência dentro das escolas reflete apenas um problema trazido de fora", opinou o pesquisador do Crisp/UFMG (Centro de Estudos de Criminalidade da Universidade Federal de Minas Gerais), Robson Sávio Reis Souza. Apesar de soar como afirmação óbvia, o pesquisador - que também ministra aulas de políticas públicas de educação na PUC/MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) -, frisa: "várias pesquisas apontam para coincidências entre indivíduos vulneráveis sócio e economicamente e a violência. Existe um senso comum de que pobre é violento, e isso se exacerba sobretudo com quem tem problemas de moradia, saneamento básico e educação", conta.
O psicólogo e pesquisador do Núcleo de Estudos de Violência da USP (Universidade de São Paulo), Renato Alves, concorda e vai além: "A violência está disseminada na sociedade, já é cotidiana. A escola é apenas mais um cenário. A educação, para atuar como elemento de correção, precisa estar encaixada dentro de políticas públicas estruturadas, que envolvam o acesso das pessoas à saúde, ao trabalho, à cultura, ao esporte. A educação, sozinha, não dá conta da violência", diz. Com pesquisas de campo em colégios da periferia das zonas Leste e Sul da cidade de São Paulo, com destaque para o Jardim Ângela, o pesquisador da USP revelou que, em conversas com gestores, docentes e alunos, duas constatações sempre eram tiradas: ou a escola era violenta demais ou não existia nenhum indício de violência no local, apenas eventos esporádicos. À conclusão de Alves segue uma terceira via: a escola nada mais é do que o reflexo da própria comunidade onde está instalada.
Na companhia de dois colegas do Núcleo -  criado em 1987 pela instituição de ensino -, ele se prepara para lançar, no próximo dia 8 de maio, o livro "Violência na Escola". "Elaboramos a obra pensando justamente em estratégias de como a educação pode conter a violência", explicou Alves. Ficamos, assim, diante de um paradoxo: se a escola é um reflexo de uma sociedade violenta e, sozinha, não tem muito como contribuir, como justificar a idéia de que a educação pode funcionar como um antídoto para isso? Para Renato Alves, da USP, é simples: "a escola, por si só, é um espaço conflitivo, de troca de experiências e culturas. Mas, também, tem de ser entendido como um espaço de socialização, e seu papel é ensinar às crianças a respeitar essas diferenças, o espaço dos outros, o que passa pela mudança nas linhas pedagógicas adotadas atualmente", conclui.
O especialista entende que o erro da maioria das instituições de ensinos é se omitir diante de pequenos conflitos, como brigas no recreio, "naturalizando" essas situações. "Está errado. O papel da escola é, desde cedo, transmitir valores, noções de cidadania e deveres para todos. É o que lá na frente chamamos de exercício da democracia e ninguém entende. E isso passa, inclusive, pela relação professor-aluno, que é muito ruim. Em uma situação em que a qualidade dos professores e alunos não é boa, o ensino é precário e os estudantes não são ouvidos, a realidade de fora da escola se reflete lá dentro", conta.
Os reflexos existem. Pesquisa divulgada nesta semana pelo Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) feita com 684 docentes, no fim do ano passado, revela que 87% afirmaram conhecer algum caso de violência dentro de unidades escolares. Cerca de 76% dos entrevistados disseram acreditar que a principal causa dos problemas de violência residem nos conflitos entre os próprios alunos. Outros dados alarmantes referem-se ao fato de 70% dos docentes afirmarem saber sobre casos de tráfico de drogas dentro da escola e outros 74% disserem conhecer professores que já sofreram ameaças de agressão física ou até mesmo de morte.
O sociólogo Lúcio Castelo Branco, da UnB (Universidade de Brasília), lembra que a escalada da violência é resultado, também, da própria mudança de estrutura das famílias brasileiras nas últimas décadas. "A família brasileira, hoje, é um problema gravíssimo, já que um quinto delas é chefiada por mulheres. Como fazer com que elas trabalhem, cuidem da casa e eduquem os filhos?", questiona. O professor, assim, reitera a opinião da importância da escola. "Mas tem-se não apenas de se preocupar com a educação, que é a internalização de hábitos, regras e costumes que tornam o sujeito controlado, equilibrado. É preciso oferecer instrução básica às crianças, que viria de uma perspectiva pedagógica mais criativa. Pressupõe-se, com isso, a criação de uma política nacional de superação da impunidade", comenta.

Apresentações das aulas históricas online

As apresentações em .ppt utilizadas pela professora Maurilane estão disponíveis para download nos seguintes links:

4shared

O lugar da escola na sociedade. Clique aqui!

Professor Sujeito Social. Clique aqui!

Google Docs

O lugar da escola na sociedade. Clique aqui!

Professor Sujeito Social. Clique aqui!

É só baixar... e se utilizarem, não esqueçam de citar a fonte.

bons estudos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O desafio de ser professor no Brasil

O desafio de ser professor no Brasil

15 de outubro de 2009
A celebração do Dia dos Professores propicia a reflexão sobre a profissão. O que é ser professor hoje no Brasil? Qual o perfil dos professores em exercício no País hoje? O que os motivou a optar pela carreira? Quais desafios enfrentam na sua prática diária?
Estudo lançado pela Unesco no dia 6 de outubro durante a Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), em Caxambu (MG), buscou respostas para essas e outras questões. Intitulada “Professores do Brasil: Impasses e Desafios“, a pesquisa foi coordenada por Bernardete Gatti.
Um dos dados que mais chamam a atenção diz respeito ao mercado de trabalho para quem segue a carreira. Os cargos para essa função representam o 3º grande grupo de emprego no Brasil. As vagas para área de ensino só são superadas pelas de auxiliar administrativo e as do setor de serviços, onde não se exige formação superior. “A área da construção civil – tão falada como a grande geradora de emprego – sequer aparece entre as primeiras posições”, observa a pesquisadora.
A ampla possibilidade de inserção no mercado de trabalho, combinada à baixa atratividade da remuneração oferecida a esses profissionais, constituem um dos fatores que determinam o perfil de quem opta pela carreira.
“Especialmente os alunos advindos de classes de menor renda optam por fazer um curso de formação de professores, porque é onde eles vêem a oportunidade de emprego. Mas nem sempre com a vocação de ser professor”, acredita.
A maioria dos docentes pertencem às classes D e E, alguns da classe C, e cujos pais cursaram apenas até a 4ª série. Se por um lado o dado aponta o reduzido nível cultural com que chegam à universidade, reforçando a importância da formação inicial, por outro, revela o potencial e a disposição que apresentam: “São classes que estão buscando uma ascensão social via carreira de professor”, analisa Bernardete.
Tal perfil coincide em grande parte com o estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Educacionais do MEC (Inep) que procurou elencar as características dos potenciais candidatos ao magistério a partir de questionário que acompanha o Enem.
Os números confirmam, em primeiro lugar, a reduzida atratividade da carreira: apenas 5,2% dos jovens que realizaram o exame em 2007 responderam que gostariam de ser professores da educação básica. A análise concluiu também que o indivíduo com maior probabilidade de se tornar professor foi aluno de escola pública e tem renda familiar de até dois salários mínimos. O desempenho na prova dos que optaram pela carreira também revela o nível dos candidatos: aqueles com piores notas têm quase três vezes mais chance de ser professor do que aqueles com as melhores notas.
O estudo conclui: “Existem evidências de que a carreira do magistério não está conseguindo atrair os melhores candidatos, o que leva à reflexão de que é pouco provável que o país esteja selecionando os professores entre os melhores alunos”.
De acordo com relatório divulgado pela consultoria McKinsey & Company, em 2007, todos os dez países com as melhores notas no Pisa selecionam os professores dentre os 30% melhores graduandos.
Motivações
Uma outra informação interessante sobre o perfil dos professores no País diz respeito às motivações dos que optam pela carreira. Aproximadamente 50% afirmam que escolheram a docência porque gostam da profissão e querem ser professores.
É caso de Indira Castellanos, graduanda de Pedagogia da Universidade de São Paulo. “Desde o magistério eu já sabia que queria continuar na área da educação, só não sabia em qual modalidade”. Em vias de se formar, a estudante já fez algumas opções dentro da carreira, como a de atuar na rede pública, movida por crenças pessoais.
“Eu desfiz aquela idéia da educação como uma mercadoria. É um serviço, mas um serviço público, como saúde, transporte, que não deve ser pago pela população”, pensa.
Indira trabalhou na rede privada ainda durante o magistério, o que a orientou na sua escolha. “Eu percebi que não era o meu ideal. Nas escolas particulares, tem aquela idéia de “o dono que manda”, não há um uma gestão democrática, nem a mesma diversidade que você encontra na escola pública. Então, eu percebi que não era o meu projeto de vida continuar na escola particular”, relata.
Porém, a opção por vocação não representa a totalidade dos casos. Segundo a pesquisa da Unesco, os outros 50% dão outras razões, como ter um emprego imediato e a ausência de outros cursos na região em que mora. 6% dizem que não gostam.
Para Bernardete, a maneira como as licenciaturas estão estruturadas transforma a carreira em um “plano B” para quem não consegue emprego na área em que se formou, além de não os habilitar para o trabalho em sala de aula. “As disciplinas e licenciaturas específicas (Matemática, Ciências…) não dão uma formação pedagógica. Elas dedicam praticamente só 10% do currículo para as disciplinas pedagógicas. Então, esse licenciando sai absolutamente despreparado para enfrentar uma sala de aula. Ele tem uma formação do conhecimento da área, mas não uma formação para ser professor”, considera.
A pesquisadora também critica os cursos para formação inicial. “Os cursos de Pedagogia não se adaptaram ainda para essa formação. É muito difícil ter pessoas que entendam de práticas de ensino, de alfabetização, de iniciação à matemática… As universidades não estão gabaritadas para isso. A Escola Normal [o magistério] cumpria bem essa função”, explica.
“Precisaríamos de uma faculdade de Educação para formar os professores. E dentro da faculdade de Educação ter as diferenciações. Isso implicaria em uma reformulação estrutural da Pedagogia e das licenciaturas, o que eu acho muito difícil hoje”, lamenta Bernardete.
Teoria e Prática
As deficiências dos currículos dos cursos de Pedagogia – já atestadas em outro estudo da pesquisadora – estão centradas na ênfase na teoria, em detrimento da abordagem de aspectos da prática em sala de aula. “São abstrações que não chegam a iluminar a realidade. Tem que haver um equilíbrio. Porque a prática pela prática é muito limitada. É preciso conhecer ideias que guiem a sua ação. Se o professor não tem formas de pensar educação e ensino, as práticas se tornam mecânicas”.
Uma atividade importante para a aplicação da teoria são os estágios obrigatórios. No entanto, na maneira como estão estruturados hoje – sem controle, desprovidos de um projeto – pouco contribuem para formação dos professores. Indira, que foi representante discente na comissão de estágios na universidade, confirma essa situação: “Os estágios ficam à revelia dos professores. Alguns orientam, coordenam, acompanham, exigem. Mas existem algumas disciplinas nas quais o professor troca o estágio pela entrega de um trabalho. Não há uma diretriz para os estágios”, conta.
A estudante – que atua como professora de educação infantil da rede municipal há um ano e meio – reitera a importância da vivência da experiência de trabalho concomitante aos estudos para sua formação: “Fez muita diferença pra mim na minha evolução profissional”, afirma. “Nunca tive a expectativa de que aprenderia na faculdade o que aprendo na prática. Mas sei que é importante ter um repertório teórico que eu possa consultar quando tiver algum problema na prática, no meu dia-a-dia”, pensa.
** Matéria publicada pelo CENPEC

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Brancos têm mais acesso a todos os níveis de educação

Reportagem do R7, a partir da Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE, discute as taxas de acesso à escola. Em todos as etapas do ensino os pretos e os pardos tem menos oportunidade de concluir seus estudos, já que praticamente 100% das crianças estão matriculadas no primeiro ano do Ensino Fundamental.

Leiam a reportagem no seguinte link:

http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/brancos-tem-mais-acesso-a-todos-os-niveis-de-educacao-20100927.html

Fiquem a vontade para postar um comentário abaixo.

Propostas de Ação Coletiva - Unidade I


Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Rodrigo
5969195
Guilhermo
5162928
Alex José
6879908
Marcelo Rodrigues
5186608

Tema
Como propiciar um desenvolvimento crítico dos alunos por meio de uma reformulação nas ações do professor.

Introdução
·         Sanar a visão crítica-social do aluno;
·         Baseado nas nossas experiências na área de educação, sentimos a necessidade de repensar a forma como o aluno está inserido no processo de ensino aprendizagem. Pretendemos que o aluno consiga desenvolver  uma postura mais crítica, culminando em atuações mais representativas na inserção social.

Objetivo
Incentivar que o aluno desenvolva um pensamento crítico em relação ao seu papel social.

Estratégias
Trabalhar os conteúdos escolares contextualizando com a vivência dos alunos na sociedade, possibilitando que o aluno analise seu cotidiano de forma crítica a ponto de ter autonomia na atuação de seu papel na sociedade.

Público-alvo
Alunos, professores

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Cristiane Labre F. A. Roberto

Paulo José Cardoso de Souza

Stefani M Terocado

Tarley Ribeiro Montandon

Vilma Sayuri Chiren


Tema
Flexibilização do Currículo Escolar

Introdução
Alguns dos maiores problemas motivacionais hoje, é a falta de perpectiva e identificação do aluno com a escola, a proposta para solucionar esses problemas seria a inclusão de matérias optativas no currículo escola do Fund II Ensino Médio dando autonomia ao aluno de escolher uma ou mais áreas de interesse dando a oportunidade de se descobrir suas aptidões e com isso aumentar a sua participação no meio escolar.

Objetivo
Adequar o currículo às expectativas e aptidões e aptidões do aluno de forma a aumentar a sua participação no meio escolar.

Estratégias
Criar disciplinas optativas nas diversas áreas de aptidão; entre elas: artes, ciências ambientais, direitos civis...
Adequar as disciplinas optativas, que são eletivas, à grade curricular do aluno, flexibilizando a carga horária de cada disciplina
Trazer profissionais dessas áreas optativas, para ministrar as novas disciplinas.

Público-alvo
Ensino Fundamental II e médio

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Carlos Francisco Almeida da Silva

Edson Pedro da Silva
`
Juliana Clivatti Romitelli

Raquel Romão

Stephani Somekawa

Welinghton Fabrício


Tema
Material Didático do ensino médio na rede estadual de ensino do Estado de São Paulo[1]

Introdução
O governo do estado de São Paulo nos últimos anos tem distribuído apostilas entituladas “Caderno do Aluno” e “Caderno do Professor”. Por ser uma distribuição feita pela secretária Estadual de Ensino ela não leva em conta a avaliação e a escolha deste material pelos professores.

Objetivo
O objetivo desta proposta é dar ao professor a oportunidade de avaliar e escolher a material utilizado de acordo com as características específicas da escola e de seus alunos.

Estratégias
Uma maneira de resolver este problema é criar uma comissão de especialistas com experiência escolar e conhecimentos específicos nas disciplinas apresentadas nos “cadernos”, como é feito atualmente no Programa Nacional do Livro Didático. Além disso criar mecanismos e procedimentos para dar autonomia aos professores na escolha do material didático a ser utilizado na sala de aula.

Público-alvo
Sendo o nosso público alvo os alunos do ensino médio do Estado de São Paulo

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Carlos Alexandre de Souza

Jackson N. Santos

Regiane Sueko Nakamoto




Tema
A dificuldade do aluno na aprendizagem das disciplinas de exatas

Introdução
É comum nós educadores de Exatas sentirmos a dificuldade e aceitação por parte da sociedade quando da introdução de algum tema relacionado a Exatas. Escutamos todo o tempo que estas matérias são chatas, difíceis, inúteis, etc...
Como podemos convencer os alunos sobre a importância do ensino e desenvolvimento destas ciências?

Objetivos
Discutir, desenvolver e pensar formas que tornem a aula mais produtiva e interessante aos alunos e quebrando este conceito de que o curso de exatas é aterrorizante e com efeito sonífero a quem está frente a frente com o professor.

Estratégias
1.      Uma das maneiras é conhecer o público em questão (alunos) e adaptar o estilo de aula aos ensinados
2.      A partir do conhecimento dos alunos desenvolver princípios científicos de exatas
3.      Proposta de montagem de instrumentos por parte dos alunos (gincanas, materiais dourados, jogos teatrais)
4.      Busca constante dos educadores para melhorar o processo de ensino

Público-alvo
Fundamental e médio

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Felipe Pábio Frigeri
5642659
Danilo Dacar
6742833
Johnny M. Campos
6432584
Camila A. Alda
5642148
Ulisses A. Vale
6432611
Mariana C. B. Silva
6388032
Marcelo Patrício
5642520

Tema
Criação de um espaço educativo cultural em presídios

Introdução
Observou-se que além das tentativas utópicas de ressocialização baseados em premissas gerais do EJA muitos distantes da realidade em presídios, tanto o projeto pedagógico (à exemplo daquele apresentado pelo presídio de Tocantins) quanto os fins desejados pelos reclusos não se conversam e tampouco atingem um dos possíveis objetivos de formação cultural. Há, portanto, a necessidade de se prover um espaço de formação cultural que potencialize um aprendizado diversificado.

Objetivo
Proporcionar um acesso à cultura geral, direcionando o contato com o conhecimento por parte dos reclusos para a cultura da sociedade que está imerso e também com aquela da sociedade em que deseja ser reinserido. Isto não apenas garante o acesso a um aprendizado indireto como também proporcionará benefícios futuros em uma possível formação profissional futura.

Estratégias
Criação de um espaço cultural físico, contendo: biblioteca contendo livros, jornais, revistas, videoteca, cinemateca
Oficinas Culturais com espaços para: atividades como palestras, rodas de leiuras, discussões, religião, ateliês

Público-alvo
Comunidade Presidiária

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Egyrella dos Anjos Firmo
6875592
Ronan C. Petian Jr.
6798871
Satiko Uehera
2002976
Ronaldo Lima Cunha
6475172
Julio Pacheco Carlstron
6795499
Miguel f. De ortiz
5895530
Jose Alex Alves
5369145

Tema
“O inchaço escolar”

Introdução
No Brasil temos uma deficiência de atualização do currículo escolar, assim incluir novas disciplinas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, filosofia, sociologia, meio ambiente, regras de trânsito e direito das crianças e dos idosos, há uma dificuldade sem prejudicar o curriculo atual que também é necessário para a formação dos alunos

Objetivo
Inegração social, formação sociocultural e diversificação do conteúdo

Estratégias
Ampliar o cargo horária dos períodos de aulas
Formação de novos docentes para lecionar novas disciplinas
Construção de novas escolas vinculadas a este este modelo

Público-alvo
Ensino fundamental e ensino médio

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Daniel Mauro Justi

Fabio Moraes Gois

Gedsney Müller

Henrique Yukio Kurosaki

Natália Ravanelli Athayde


Tema
Reestruturação do Currículo de Ciências Biológicas do Instituto de Biociências da USP

Introdução
O currículo do curso de Ciências Biológicas possui atualmente um núcleo básico de 2 anos e um núcleo avançado de 3 anos previstos. A transição de uma para o outro e a escolha das matérias a serem cursadas fica completamente por conta dos alunos, sem aconselhamento/acompanhamento, e é feita independentemente do desempenho nas matérias. Esse método resulta em profissionais altamente especializados, mas sem uma visão ampla e abrangente das demais áreas da biologia, e por vezes frustrados, por conta da escolha precoce e não-aconselhada.

Objetivo
Fundamentar e apoiar o aluno na escolha de sua área na transição de núcleos – e posteriormente.

Estratégias
·         Aumentar o núcleo básico para 3 anos;
·         Criar o acompanhamento dos alunos por uma equipe especializada em orientação e aconselhamento;
·         Atribuir ao currículo avançado a obrigatoriedade de cursar algumas disciplinas que vão além área de especialização

Público-alvo
Alunos de graduação do curso de ciências biológicas

Proposta de Ação Coletiva – Unidade I

Autores
nome
nUSP
Carlos Eduardo Guarino da Silva
5931596
Fernando Cardoso S. Santos
7159181
Geovana Pazeto Dutra
5640581
Tadeu Nestor Neto
6432372

Tema
Desestímulo pelo aprendizado

Introdução
Atualmente no sistema do Ensino Público Paulista, percebe-se a grande falta de interesse dos alunos em relação ao estudo.  Pois, independente dele aplicar-se ao estudo ou não, o aluno sabe que será aprovado.

Objetivo
Tornar o aprendizado em sala de aula mais estimulante.

Estratégias
·       Formação dos professores que englobe o uso de atividades lúdicas para além do material didático já existente;
·       Criação de grupos de discussão de professores para a troca de experiências metodológicas;
·       Aplicação de atividades lúdicas em sala de aula, de modo a tornar o aprendizado mais interessante e instrutivo.

Público-alvo
alunos do Ensino Médio de Escola Pública em São Paulo


[1]    Esse PAC foi escrito como um texto dissertativo. A separação dos parágrafos, contudo, permitiu a adequação à tabela. Os parágrafos foram transcritos na íntegra.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O inchaço do currículo escolar

Leiam o editorial que foi publicado no Estado de São Paulo, em 20/08/2010, "O inchaço do currículo escolar". Clique aqui.


Vale a pena ler também a resposta do prof. Amaury César, da FEUSP, publicada na seção de cartas do jornal. Clique aqui. (link arrumado)


O editorial diz que há escola e currículo sem posicionamento político e que as escolhas sobre quais conteúdos devem ser ensinados são puramente técnicos. Será? Deixem a opinião de vocês nos comentários.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Para ajudar entender o programa


O que é Proposta de Ação Coletiva?
É um exercício que será realizado em sala de aula, em grupo, onde os alunos deverão elaborar uma proposta de “ação” para pensar alternativas ou para resolver algum problema da educação brasileira definido a priori.

O que é Trabalho Coletivo?
Esta é uma atividade a ser realizada na sala de aula, em grupo, onde os alunos irão socializar as idéias interessantes sistematizadas a partir de um dos textos indicados na bibliografia de aprofundamento.

As idéias interessantes podem ser definidas pelo menos de duas maneiras: a) idéias centrais do texto; b) idéias elaboradas a partir da leitura do texto. Não é necessário resenhar e nem resumir o texto nesta modalidade.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Autobiografia Escolar

Pessoal,

Estou indexando o exerto abaixo para inspirá-los a elaborar a sua autobiografia escolar. Esta foi a primeira atividade realizada no curso, portanto, é importante que os alunos que não estiveram presente a realizem o mais rápido possível.

Um abraço,
Maurilane


Autobiografia
Eu era ainda criança e, sentada nos bancos escolares, ficava encantada com tudo que ali acontecia. A escola, um sobrado imponente no centro da cidade, era um lugar bonito e agradável, muito limpo, com cortinas nas janelas, salão nobre com piano de cauda e cadeiras almofadadas. O pátio onde formávamos a fila ao toque do sino e cantávamos antes de entrar para a classe era grande, coberto e cercado por gramados, espaço magnífico para as brincadeiras da hora do recreio. Os professores sempre entravam na sala com muitos livros e materiais, estavam sempre bem vestidos e de bom humor, eram verdadeiras “autoridades”, tinham prestígio social, eram respeitados e tudo o que ensinavam tinha um grande valor. Como aluna, conheci uma escola alegre, otimista, que me levava a crer no valor do conhecimento, do estudo, dos professores e vislumbrar um futuro seguro.
Naquele tempo, na pequena cidade do interior em que morava, a programação na televisão começava apenas no final da tarde, quando passava alguns desenhos e logo a seguir o noticiário e as novelas, as quais, nós crianças, não tínhamos permissão para assistir. Também não existiam computadores, vídeo games e toda essa parafernália eletrónica que ocupa as crianças de hoje do amanhecer ao anoitecer. Tínhamos um quintal e tempo para nele brincar. Passávamos quatro horas na escola e mais umas poucas horas com as lições de casa; o restante do dia era preenchido com brincadeiras, dentre as quais “brincar de escolinha” era muito freqüente. Nessa brincadeira, por ser a mais velha entre os irmãos e primos, eu sempre era a professora e apesar de gostar, nunca pensei seriamente em seguir essa profissão.
Já adulta e formada em psicologia, por várias circunstâncias acabei em uma sala de aula. Mesmo depois de ter iniciado na profissão, por algum tempo pensava que seria uma ocupação apensa temporária. Mas fui ficando, passei por escolas públicas e particulares e acabei tomando gosto. Porém, com o passar do tempo, a realidade foi se desvelando e agora, na cadeira da professora, as coisas pareciam diferentes; o encantamento que sempre a escola despertou em mim parecia em alguns momento não existir mais. Uma inquietude quanto à vida profissional e ao trabalho de professora foi se apoderando de mim. Ao fazer o planejamento, tudo parecia certo e ideal, mas ao executar esse mesmo plano junto aos alunos tinha às vezes a sensação de que estava tudo errado. Sentimentos contraditórios, relativos às práticas que adotava em sala de aula, ao tipo de relacionamento com os alunos e às burocracias do sistema escolar, passaram a ser constantes. A insatisfação com o trabalho docente foi se tornando maior e mais freqüente do que a satisfação.
(...)Diferentemente de outros profissionais que também guardam a lembrança da escola e de seus antigos professores, penso que as imagens que guardei da escola e dos meus professores tenha um sentido especial e, em certa medida, determinem minha prática docente. Ao passar para o “outro Lado”, ou seja, ao passar do banco de aluna para a cadeira da professora, essas imagens são responsáveis por expectativas e afloram em ações que, talvez deslocadas do espaço e do tempo atual, sejam responsáveis pela insatisfação com o trabalho docente. Ao dar uma aula, desde a preparação até o momento de estar diante da classe, uma série de concepções são colocadas em jogo e talvez sejam nessas concepções que se possa encontrar a raiz de alguns desencantamentos. (...)
A escola sempre foi vista por mim como um lugar de aprender, onde deveria ouvir os professores, prestar atenção no que diziam, estudar, e estudar muito para tirar notas boas. Essa visão foi sendo construída ao longo do tempo, não apenas através do contato e da vivência na escola, como também por meio de meu ambiente familiar, onde a educação sempre foi muito valorizada. Desde criança ouvi muitas e muitas vezes que o mais importante era estudar, conhecer, para ser independente e livre. A escola estava lá, imponente; os professores também, seguros e convictos de sua missão. E eu deveria assimilar tudo que ali fosse ensinado para me tornar “alguém na vida”. Todas as condições estavam postas, qualquer nota baixa, qualquer tropeço, qualquer fracasso, eu seria a única responsável.Mais tarde, já em outros tempos, quando a escola e os professores haviam perdido um pouco do fascínio e encantamento de outrora, eu me tornei professora. E essa visão de escola, formada na infância, passou a ter uma participação importante na construção de minha identidade profissional. Eu estava ali para ensinar e os alunos para aprender. Eu deveria dedicar-me e dar o melhor de mim e os alunos também. Tudo parecia muito simples. Quando eu era aluna, meus professores ministravam as aulas e falavam das coisas com uma convicção tão grande que a impressão que ficava é que aquilo poderia ser questionado. Pareciam verdades definitivas, o que proporcionava em nós, crianças e adolescentes daquele tempo, uma segurança muito grande. Depois que me tornei professora, no entanto, ao “ensinar” para os meus alunos, minhas dúvidas passaram a ser tantas, a convicção no que falava e no que fazia era tão frágil, tudo parecia tão efêmero, que o que era para ser simples acabou se tornando muito complexo.
A angústia e a insatisfação com o trabalho docente estavam constantemente presentes. Os alunos, por sua vez, também pareciam desencantados com a escola e demonstravam isso através do desinteresse. A maioria deles nunca lia o que eu indicava e isso me indignava. Não podia ser assim. Lembrava do meu tempo de aluna, que quando um professor indicava um livro ou sugeria qualquer atividade, aquilo era uma ordem que de modo algum poderia ser descumprida. Sempre ficava muito irritada com alunos que não tinham caderno, que não copiavam a matéria, que estavam na classe apenas de “corpo presente”. Tudo isso era ainda mais agravado pelo fato de eu estar dando aulas para o curso de Magistério, para futuros professores que, na minha opinião, deveriam ter determinados hábitos e muitos conhecimentos para serem bons professores. (...)

Flavinês Rebolo Lapso

Bueno, Belmira de Oliveira; Catani, Denice Barbara, Souza, Cynthia Pereira (Orgs.). A Vida e o Ofício dos Professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. São Paulo/SP: Escrituras 1998.